Amazônia está 'queimando em ritmo recorde'

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram detectados 72.843 incêndios entre janeiro e agosto - um aumento impressionante de 84% em relação ao mesmo período de 2018. Os incêndios podem ser resultado de incêndios florestais e daqueles deliberadamente programados para limpar ilegalmente os incêndios da floresta para pecuária.

 

Muitos estão culpando o presidente do país, Jair Bolsonaro, que prometeu desenvolver a região para agricultura e mineração quando assumiu o cargo em janeiro, apesar das advertências dos conservacionistas sobre o desmatamento.

Linha de desmatamento

A Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, não é apenas o lar de cerca de um milhão de indígenas e três milhões de espécies de plantas e animais, mas também diminui o ritmo do aquecimento global, como uma loja vital de carbono.

Nos últimos 10 anos, os governos brasileiros haviam desacelerado a taxa de desmatamento, implementando um sistema de multas e ação por parte das agências federais.

Mas houve um declínio no número de condenações por crimes ambientais e confiscos de madeira sob Bolsonaro, que criticou as penalidades implementadas pelos ex-ministros.

 

Demissão

Além disso, nas últimas semanas, Bolsonaro demitiu o chefe do Inpe, acusando-o de mentir sobre a escala do desmatamento da Amazônia, quando publicou dados em junho mostrando um aumento de 88% no desmatamento comparado ao mesmo período do ano passado.

De acordo com Ricardo Mello, chefe do Programa Amazônia para o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), os incêndios são "uma conseqüência do aumento do desmatamento visto em números recentes".

Mas Bolsonaro riu dos dados, dizendo que é a época do ano em que os fazendeiros limpam a terra usando fogo, conhecido como "queimada". "Eu costumava ser chamado de Capitão Motosserra. Agora eu sou Nero, colocando a Amazônia em chamas", disse ele à Reuters.

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