Black Mirror é uma das séries britânicas mais destacadas nos últimos tempos em todo o mundo, e desde sua estréia em 2011, deu muito o que falar, não só porque alguns de seus episódios são verdadeiramente fascinantes e pertubadores, mas também porque é a série que mais tentou discutir e questionar alguns aspectos da sociedade de hoje, principalmente nosso relacionamento com a tecnologia e suas possíveis conseqüências.
PORQUE NOMEARAM A SÉRIE DE “BLACK MIRROR”?
Charlie Brooker explicou em uma entrevista o conceito por trás do título: “O espelho negro é o que você pode encontrar hoje em cada parede, em cada mesa, na palma de cada mão. A tela fria e brilhante de uma TV, ou um smartphone, ou um monitor”.
CONCEITO GERAL
Na mesma entrevista, o criador da série acrescentou: “Se a tecnologia é uma droga – e certamente às vezes ela age como uma droga – então quais são seus efeitos colaterais? Esse campo entre prazer e desconforto, é onde a série se move”.
BASE DA TRAMA
O trecho acima, é a ideia geral que teve o criador, e serviu como um norte para os episódios, que em termos de trama e personagem, são autônomos e independentes uns dos outros.
Por isso Black Mirror concentra-se na ansiedade que domina a nossa sensação diante do mundo moderno, e tem histórias com um ar de “Techno-paranoia”. Além disso, o criador acrescenta que é uma parábola ideal para os tempos de Facebook e Twitter.
NOTORIEDADE INTERNACIONAL
Através do marketing boca-a-boca, a série se tornou cada vez mais popular fora das fronteiras, e muito mais depois de ter sido incluída no catálogo da Netflix.
Até mesmo Stephen King elogiou a série através do seu Twitter: “Adorei o Black Mirror. Terrível, engraçado, inteligente. É como The Twilight Zone, mas com mais conteúdo adulto”.
ADAPTAÇÃO AO CINEMA
Além de atuar como o Homem de Ferro, Robert Downey Jr. Possui sua própria empresa de produção, com a qual ele está começando a fazer projetos de filme (seu primeiro filme foi The Judge, estrelado por ele e Robert Duvall).
Um dos projetos que Downey quer realizar é a adaptação do episódio intitulado “The Entire History of You” (o terceiro da primeira temporada e um dos melhores da série).
Neste episódio, localizado em um futuro não tão distante , todas as pessoas implantaram um chip atrás da orelha que lhes permitem gravar tudo o que fazem, vêem ou ouvem, e depois reproduzi-lo. Obviamente, isso não é necessariamente bom e pode ter muitas conseqüências intencionais.
ELEMENTO COMUM
Como já mencionamos, todos os episódios do Black Mirror são completamente independentes um do outro e não tem um ponto em comum, exceto o fato de se espalhar pela tecnologia e seus efeitos colaterais possíveis e prováveis. De acordo com Brooker, no entanto, a possibilidade de fazer a série foi tratada para que os episódios tivessem algum tipo de link ou elemento em comum.
CHINA
Black Mirror provou ser especialmente popular na China, onde tem uma audiência muito maior do que qualquer outra série de drama americana, e onde foi amplamente discutido e comentado. O jornal chinês The Beijing News descreveu a série como “o apocalipse do mundo moderno”, e chamou-o de “desesperado, mas profundo”.
ESPECIAL DE NATAL
O único especial de Natal de Black Mirror foi intitulado “White Christmas”: dura 90 minutos e explora conceitos como “bloquear” as pessoas na vida real, do mesmo modo que pode ser feito em redes sociais ou reduzir uma pessoa – sua essência ou sua consciência – para um dispositivo eletrônico do tamanho de uma bola de golfe.
Jon Hamm, um dos protagonistas deste episódio (juntamente com Oona Chaplin e Rafe Spall), e uma das estrelas da televisão americana (tocada por Don Draper em Mad Men), chegou ao White Christmas, por acaso.
Ele só viu os episódios anteriores de Black Mirror e revelou “que gostava muito deles”, então ele perguntou a seu agente se ele poderia fazer uma consulta com seu criador, sem saber que ele estava produzindo o especial de Natal. Quando se conheceram, Charlie Brooker sentiu que Jon Hamm era ideal para o papel que estava escrevendo.
Fonte: Jerimumgeek.