Qual religião mundial irá dominar no futuro?

A religião ainda é parte integrante de muitas sociedades modernas, influenciando as leis e o comportamento das pessoas, assim como a forma como os adeptos se relacionam com os outros no mundo. As religiões estão indo embora tão cedo? Apesar do que alguns criticam, há pouca evidência disso. O que está mudando é a composição dos crentes do mundo.

O cristianismo tem sido a maior religião do mundo por milênios, mas seu reinado pode chegar ao fim em algum momento durante o século atual, ultrapassado pelo islamismo. Os muçulmanos são o maior grupo religioso em crescimento no mundo, segundo a Pew Research, aumentando duas vezes mais rápido que a população mundial. Enquanto a população mundial provavelmente aumentará em 32% nas décadas seguintes, o número de muçulmanos possivelmente aumentará em 70%, passando de 1,8 bilhão em 2015 para cerca de 3 bilhões em 2060. Isso faria com que esse grupo correspondesse a 31,1% da população mundial em vez dos 24,1% que é atualmente.

 

O cristianismo está morrendo?

No momento, é a religião de cerca de 31% das pessoas na Terra, diz Pew. Mas há tendências reveladoras, com os cristãos na Europa sumindo mais rápido do que os novos surgindo. Isso é significativo porque a Europa é considerada o coração da religião, mesmo que esteja se espalhando rapidamente na África. Entre 2010 e 2015, os desaparecimentos de cristãos na Europa superaram os surgimentos em quase 6 milhões, com a Alemanha sozinha representando mais de 1,4 milhões de cristãos “mortos” do que emergidos.

A América Latina e a África tiveram grandes aumentos em novos cristãos, mas no mundo todo eles não estão acompanhando o ritmo do crescimento muçulmano. A razão para isso - os muçulmanos têm mais filhos do que outros sete grupos religiosos estudados pelo Pew. Com uma média de 2,9 filhos, as mulheres muçulmanas ultrapassam a média cristã de 2,6 filhos e a média geral não-muçulmana de 2,2.

Em geral, em todas as regiões que têm uma grande população muçulmana, a fertilidade muçulmana foi maior do que a fertilidade não-muçulmana. Um fator que acrescenta a isso - os muçulmanos são geralmente mais jovens, com a idade mediana mais jovem de 24 anos em 2015, em comparação com 32 anos - a idade mediana dos não-muçulmanos. Outra razão importante para tal estatística - os muçulmanos não trocam as religiões tanto quanto os adeptos de outras religiões. Espera-se que as mudanças de religião reduzam o crescimento cristão em 72 milhões até 2060, ao mesmo tempo em que devem ter poucos efeitos sobre a expansão do Islã.

 

E os ateístas?

A Pew Research também estima que o percentual de não-afiliados religiosos deverá cair dos atuais 16% para cerca de 13%, mesmo que o número geral de tais pessoas suba de 1,17 bilhão em 2015 para 1,2 bilhão em 2060. Em contraste, o número de pessoas religiosa é esperado que aumente para 8,1 bilhões até 2050.

Embora o número de ateus e agnósticos esteja aumentando nos EUA e na Europa, o fato de que, em média, as pessoas não religiosas tendem a ter menos filhos está contribuindo para a diminuição geral nos números. De 2010 a 2015, os religiosos tiveram uma média de 2,45 filhos por mulher, enquanto os não-afiliados deram à luz 1,65 filhos em média.

Outras religiões

Entre outras religiões, espera-se que a porcentagem de budistas diminua no futuro, reduzida de 7%, de 500 milhões em 2015 para 462 milhões em 2060. Taxas baixas de fecundidade em países como China, Tailândia e Japão são responsáveis por essa tendência. Curiosamente, os adeptos das religiões tribais, que incluem religiões tradicionais africanas, religiões folclóricas chinesas, bem como religiões indígenas americanas e australianas, devem crescer 5%, de 418 milhões em todo o mundo para 441 milhões.

 

Fontes: Bigthink

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