Nasceu em Santa Isabel, interior de São Paulo, no dia 27 de outubro de 1935, viveu num ambiente cercado de arte: seu pai era poeta, compositor e pintor, e sua mãe poetisa. Sua casa sempre esteve cheia de livros, permitindo um ambiente bastante cultural.
Com poucos meses de vida, Mauricio mudou-se de Santa Isabel para a vizinha Mogi das Cruzes, onde passou parte de sua infância desenhando e rabiscando nos cadernos escolares. Mais tarde passou a ilustrar pôsteres e cartazes para rádios, jornais e comerciantes da região.
Queria viver profissionalmente do desenho. Para isso, aos 19 anos mudou-se para São Paulo e começou a procurar emprego de desenhista, mas só conseguiu uma vaga de repórter policial na Folha da Manhã, onde trabalhou durante cinco anos escrevendo esse tipo de reportagem, que ilustrava com desenhos bem aceitos pelos leitores.
Mauricio começou a desenhar histórias em quadrinhos em 1959, ainda em seu emprego, quando uma história do Bidu, sua primeira personagem e inspirado no seu cãozinho de infância, Cuíca, foi aprovada pelo jornal. As tiras em quadrinhos com Bidu e seu dono, Franjinha, deram origem ao famoso menino de cabelos espetados, Cebolinha.
Em 1963 ele sua personagem Mônica e, neste mesmo ano, criou junto com a jornalista Lenita Miranda de Figueiredo, a Folhinha de S. Paulo. Em 1987, Mauricio passou a ilustrar o recém-criado suplemento infantil do jornal O Estado de S. Paulo, o Estadinho, que até hoje publica tiras da Turma da Mônica.
Além de criar personagens baseados em seus amigos de infância, como o Cebolinha, Cascão, Chico Bento, Rolo, Tina e outros; Mauricio criou personagens baseados em todos os seus 10 filhos: a Mônica, Magali, Marina, Vanda, Valéria, Marcelinho, Maria Cebolinha (inspirada na filha Mariângela), Nimbus (inspirado no filho Mauro Takeda), Do Contra (inspirado em Mauricio Takeda), e Dr. Spada (inspirado em Maurício Spada).
Somente em 1970, e com o título de “Mônica e Sua Turma”, vários dos personagens já criados por Mauricio nas tirinhas de jornal passaram a aparecer juntos em uma revista própria, formando a hoje chamada Turma da Mônica. Competindo com quadrinhos estrangeiros como Pato Donald, Zé Carioca e Luluzinha, seus quadrinhos permaneceram firmes nas bancas durante décadas.
Mauricio montou uma grande equipe de desenhistas e roteiristas. Os Estúdios Mauricio de Sousa surgiram a partir da necessidade da criação de um time para bancar a produção mensal de histórias completas para as revistas e tiras de jornal, deixando de concentrar a produção nas mãos de Mauricio. Novos projetos puderam então ser conduzidos, como os desenhos animados, licenciamento de personagens e venda de quadrinhos para o exterior.
Os quadrinhos de Mauricio de Sousa têm fama internacional, tendo sido adaptados para o cinema, televisão e videogames, além de terem sido licenciados para comércio em uma série de produtos com a marca das personagens. Há inclusive o Parque da Mônica, localizado em São Paulo, que fechou em fevereiro de 2010. Já existiu também o Parque da Mônica de Curitiba, aberto em 1998 e fechado em 2000 e o do Rio de Janeiro, fechado no início de 2005.
Hoje entre quadrinhos e tiras de jornais, suas criações chegam a cerca de 50 países e 1 bilhão de revistas publicadas. Os quadrinhos se juntam a livros ilustrados, revistas de atividades, álbum de figurinhas, CDs, livros tridimensionais e livros em braile.
Mais de 100 indústrias nacionais e internacionais são licenciadas para produzir quase 2.500 itens com os personagens de Mauricio de Sousa, entre jogos, brinquedos, roupas, calçados, decoração, papelaria, material escolar, alimentação, vídeos e DVDs, revistas e livros. Em 2013, a “Turma da Mônica” comemorou seus 50 anos, sendo uma das marcas mais idolatradas no Brasil.
Fonte: Realização Empreendedora