Tudo o que você precisa saber sobre a série La Casa de Papel.

Com uma trama amarrada e que beira ao absurdo, a minissérie espanhola nos faz mergulhar na classuda invasão à Casa da Moeda Espanhola feita pelos assaltantes profissionais Tóquio, Berlim, Moscou, Denver, Rio, Nairóbi, Oslo e Helsinque (todos codinomes de cidades) sob a tutela do misterioso e meticuloso Professor, organizador do que parece o "plano perfeito".

 

Assim como ocorreu com The End of the F***ing World (do Channel 4), La Casa de Papel não foi produzida originalmente pela Netflix como muitos pensam e sim pelo canal espanhol de TV aberta Antena 3. O serviço de streaming adquiriu a minissérie e até mudou seu formato inicial, dividindo-a em duas partes: a primeira com 13 episódios e a segunda, que estreou em 6 de abril, com os nove episódios finais.

A escolha de 

 e seu pegajoso refrão na abertura pode ter sido boa, mas o uso do clássico "Bella Ciao" em diversas cenas foi certeiro e ficará na memória de muitos. A música, que é um hino da resistência contra a política fascista de Benito Mussolini na Itália, conversa diretamente com a tentativa dos personagens de saírem vivos da Casa da Moeda: uma sutil metáfora à liberdade.

Sim, fomos todos tapeados. A verdadeira Casa da Moeda da Espanha vetou as filmagens no local e o que vemos em La Casa de Papel é, na verdade, o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), que disponibilizou os finais de semana para as filmagens.

Rio, além de par romântico de Tóquio, é facilmente o personagem mais fraco e vulnerável entre os assaltantes e está longe de ser um dos favoritos dos fãs. Entretanto, em 2016, seu intérprete Miguel Herrán demonstrou seu real talento e, por sua atuação em “A Cambio de Nada”, levou para casa o prêmio de Ator Revelação no GOYA, que é considerado o “Oscar” da Espanha.

O motivo pelo qual os “atracadores” escolhem a máscara do pintor surrealista Salvador Dalí para preservarem suas identidades não tem importância política ou social como a de Guy Fawkes, em V de Vingança. Contudo, ela já virou fantasia de Carnaval em bloquinhos no Brasil e certamente será relacionada a La Casa de Papel por um bom tempo.

Por pouco o nome da minissérie não foi outro. Inicialmente ela se chamaria “Los Desahuciados” (Os Desenganados ou Desajustados, em tradução livre) e colocaria todos os personagens -- não só Berlim -- sob uma doença terminal, o que os uniria para o grande assalto.

 A protagonista Tóquio, interpretada por Úrsula Corberó, divide opiniões entre os fãs. Enquanto alguns a adoram, outros a acham extremamente irritante por não seguir o plano conforme planejado. Apesar disso, seu visual é unanimemente reverenciado e (ironicamente) copiado, já que é inspirado na personagem interpretada pela estreante Natalie Portman, então com 14 anos, no filme O Profissional (1994), de Luc Besson.

O episódio-piloto passou por um longo processo até chegar às TVs espanholas. Tendo como marca registrada as diversas reviravoltas e uma trama bem amarrada, o primeiro episódio passou por um total de 51 versões até que fosse alcançada a edição que foi exibida ao público.

A cena em que o Professor recruta Tóquio no primeiro episódio dura apenas alguns instantes, mas levou surpreendentes cinco horas para ser filmada até atingir a perfeição exigida pelos produtores.

Essa é óbvia, mas vamos lá: a enorme quantia de dinheiro impresso pelo grupo na Casa da Moeda não é de verdade. Os assaltantes na verdade estavam levando para casa milhões de notas de euros feitas com papel de jornal. Mas tudo bem, pelo bem da ficção, a gente compra essa ideia.

Fonte:br.ign.

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