Quem foi Simone de Beauvoir?

Em 8 de janeiro de 1908, a cidade de Paris dava luz à uma criança prodigiosa, que viria a deslumbrar o mundo com suas futuras obras. Leitora assídua desde os seus menos de um metro de altura, Simone de Beauvoir se fascinou com o universo das letras e logo se viu contemplada com a posição de escritora. Muito criticada e polêmica por suas posições radicais para a época, Beauvoir se tornou uma intelectual de grande peso para o movimento feminista e literário.

 

Publicado originalmente em 1949, O Segundo Sexo, é o seu livro de maior repercussão e aquela que lhe garantiu poltrona no Olímpio junto aos grandes escritores. Nas quase mil páginas que constituem o volume, Simone esboça uma análise profunda da situação da mulher em nossa sociedade, delineando aspectos históricos, sociais, econômicos, biológicos e psicológicos. É, de fato, uma obra riquíssima em conteúdo, repleta de relatos acompanhados de estudos psicanalíticos, que chegam a estontear os leitores pela sua veracidade que pode ser verificada na realidade. E, apesar de ter sido escrito há mais de setenta anos, o livro nada tem de velho e ainda hoje trás muitos pontos a serem postos em jogo.

Para além de sua vida dedicada às escrituras, Simone foi uma mulher audaciosa e não se relegava somente à caneta e as folhas de papel em branco: De Beauvoir almejava colorir a vida com seus próprios olhos. Uma amante das caminhadas e das trilhas, era comum que a filosofa existencialista se arriscasse em aventuras em meio à natureza. Sozinha, se cercava com as paisagens naturais do mundo: florestas repletas de cachoeiras, lagos para se banhar e montanhas para escalar. Por vezes, era acompanhada por amigos e pelo seu amor de longa data, Jean-Paul Sartre, um notório escritor da época conhecido por estrear a corrente filosófica existencialista, a qual Simone também participava e usava como base para suas escritas.

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De modo geral, Simone é uma mulher que deve ser lida por todos, pois uma vez que se abre a capa de um de seus livros, fica difícil não querer devorar todos os outros.

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